quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Raiz vs. Nutella versão Novelas



Está na moda dividir pessoas e coisas em "raiz" e "nutella". O raiz é mais tradicional, antigo, enquanto o nutella é mais moderno e contemporâneo. Claro que as novelas (e os noveleiros) não iam ficar de fora.



E não fica só nisso! Os galãs de novelas não foram poupados do meme


Até o Marcos Pasquim entrou na brincadeira


E aí, de que lado você está?

10 novelas que poderiam substituir Pai Herói no Viva



Hoje foi divulgado que Por Amor será a substituta de Pai Herói no Viva a partir de maio. A notícia desagradou os fãs do canal, já que a saga da Helena (Regina Duarte) já tinha sido reprisada entre 19 de maio de 2010 e 8 de fevereiro de 2011. Ok, estamos em 2017 e já tem um tempinho, mas uma re-reprise está gerando revolta na internet.

O pior é que a novela anteriormente anunciada era Pátria Minha, e apesar de nunca ter sido reprisada (nem no Vale a Pena Ver de Novo), a novela encontrou forte rejeição, por ser considerada uma das piores do Gilberto Braga (claro que a pior é Babilônia). O canal costumava escolher reprises inéditas (até agora) e a justificativa, segundo Cristina Padiglione, é que o alcance do Viva hoje é mais do que o dobro de 2010, afinal o canal pago estava ainda no começo e não estava em pacotes mais baratos, como agora. Mas mesmo assim, achamos que o Viva deveria seguir em sua tradição de evitar re-reprises e reviver outros clássicos nunca antes reprisados pelo canal.

Por isso, o ANA separou 10 novelas incríveis que poderiam perfeitamente reprisar no Viva no lugar de Pai Herói.




Tá certo que é dos anos 2000, mas a novela já tem quase 15 anos (!!!) Se é pra escolher uma do Manoel Carlos que nunca passou no canal, que seja essa, que tinha Christiane Torloni de Helena, a Bruna Marquezine de Salete (será que ela era tão boa assim naquele tempo?), o Marcos (Dan Stulbach), que dava raquetadas na ex Raquel (Helena Ranaldi), Alinne Moraes de lésbica (foi ela que deu o primeiro beijo gay em novelas globais, junto com Paula Picarelli), a Dóris (Regiane Alves), que maltratava os avós e muitos outros personagens maravilhosos! Na nossa opinião, foi a última novela do Maneco que prestou, afinal as seguintes, Páginas da Vida, Viver a Vida e Em Família foram modorrentas e horríveis (também, dirigidas pelo Jayme Monjardim, os dois juntos só podiam dar nisso).

9 - Fera Radical (1988)


A mesma Cristina Padiglione disse em seu site que Fera Radical está na linha sucessória das novelas do Viva. As suas reprises bem-sucedidas no quadro Novelão da Semana do Video Show provam que a trama de Walther Negrão não envelheceu com o tempo. Quem via a Nina (Débora Falabella) de Avenida Brasil andando de moto pode não sacar a clara referência à Cláudia, protagonista vivida por Malu Mader, que também gostava de passear em motocicletas e planejava uma vingança contra os assassinos de sua família. Seria uma boa chance de matarmos a saudade de Thales Pan Chacon, Elias Gleizer, Paulo Goulart, Yara Amaral e tantos outros. Então, por que não colocá-la no lugar de Pai Herói?

8 - Guerra dos Sexos (1983)


Quem viu o fraco remake de 2012 pode ter ficado com uma péssima impressão desse clássico de Sílvio de Abreu. Mas seria uma injustiça com esse novelão que foi escrito no momento certo e do jeito certo, inovador e irreverente do começo ao fim (diferentemente do remake, que foi escrito no momento errado, do jeito errado, desatualizado e forçado). A versão original tinha muito mais carisma e improviso, além de contar com os grandes Fernanda Montenegro e Paulo Autran de protagonistas, além dos sempre ótimos Tarcísio Meira e Glória Menezes.

7 - Escrava Isaura (1976)


Até pouco tempo era a novela mais vendida da história da TV Globo. Fez com que Lucélia Santos, então uma menina de 18 anos, virasse uma estrela internacional. O Leôncio de Rubens de Falco está entre os maiores vilões das novelas. Mas as gerações atuais só conhecem o remake recordiano de 2004, que está sendo reprisado no horário das 7. É uma boa pedida!



Esta novela de Ivani Ribeiro foi uma das mais vistas da história da Globo no horário das 6. O protagonista, Ary Fontoura, disse certa vez que ainda era chamado de Seu Nonô nas ruas! Claro que as gerações atuais não sabem disso, e elas, assim como nós, adoraríamos saber o porquê de tanto sucesso. Além dele, também temos Fernando Torres, o marido falecido de Fernanda Montenegro, como o enigmático (feiticeiro?) Tio Romão, Yoná Magalhães como a pseudo-gringa Grace e também Carlos Eduardo Dolabella, Berta Loran, Caíque Ferreira, Cláudia Ohana e muitos outros.

5 - Pecado Capital (1975)


Recentemente, foi divulgado que o Viva estaria planejando uma reprise da versão de 1998. Essa ideia não foi pra frente, mas a novela de Janete Clair, que foi feita meio que de improviso após o cancelamento da primeira versão de Roque Santeiro, merece ser vista por todos. O dilema de Carlão (Francisco Cuoco), taxista que não sabia se devolvia uma bolada encontrada em seu táxi ou se ficava com o dinheiro, permanece atual, ainda mais nesses tempos de crise. Esta novela foi um divisor de águas na carreira de Janete, que tentou seguir o estilo mais realista do marido Dias Gomes (o autor de Roque Santeiro), em contraste com suas novelas anteriores, que tinham o clichê da mocinha romântica sofredora e do galã romântico, gênero que vinha sendo bastante criticado na época. Para esta tarefa, ela contou com a ajuda de Daniel Filho, o diretor da novela. O elenco também conta com Betty Faria, Lima Duarte, Rosamaria Murtinho, Débora Duarte e muitos outros atores, sendo que alguns eram da versão censurada de Roque Santeiro.
SPOILER: A cena da morte do Carlão entrou para a história da teledramaturgia. 



Simplesmente a obra-prima de Lauro César Muniz, até hoje o Sassá Mutema de Lima Duarte é lembrado, assim como sua paixão inocente pela professora Clotilde, interpretada por Maitê Proença, então uma das mulheres mais belas do país. Era uma trama eletrizante e cheia de polêmicas, com personagens controversos e dúbios, como o deputado Severo (Francisco Cuoco) e o jornalista socialista Juca Pirama (Luís Gustavo). O elenco ainda conta com Betty Faria, José Wilker, Lúcia Veríssimo, Susana Vieira e muito mais.

3 - Brega & Chique (1987)



A dobradinha de Glória Menezes e Marília Pêra, que dividiam o protagonismo dessa novela das 7, interpretando respectivamente a brega Rosemere e a chique Rafaela, dividiam um mesmo marido sem saber e trocam de vida drasticamente, é um dos melhores trabalhos de Cassiano Gabus Mendes. Claro que não poderíamos deixar de falar do Marco Nanini, que foi o Montenegro, secretário apaixonado por Rafaela (ele e Marília Pêra juntos não poderia dar em outra coisa senão sucesso), o marceneiro Baltazar (Dennis Carvalho), que amava Rosemere e tinha cenas hilárias com o inocente e analfabeto Bruno (Cássio Gabus Mendes) e também Raul Cortez, Jorge Dória (essa novela nos fez acreditar que os dois eram parecidos), Cássia Kiss, Nívea Maria e muitos outros.

2 - Corrida do Ouro (1974)


A primeira novela do Gilberto Braga pela Globo, só quem assistiu na época (ou noveleiros de carteirinha) é que se conhecem essa trama divertida e engraçada do horário das 7. Talvez seu maior pecado seja o preto-e-branco, afinal o Viva nunca reexibiu uma novela assim, mas não se deve julgar uma novela pelo seu tipo de imagem. Protagonizada por Sandra Brea (Isadora), Aracy Balabanian (Tereza), Célia Biar (Gilda), Renata Sorrah (Patrícia) e Maria Luíza Castelli (Ilka), que receberam um testamento que só lhes dariam o direito a ter uma herança milionária se elas cumprissem exigências incomuns. Além delas, temos também Zilka Salaberry como Kiki Vassourada, José Augusto Branco, Walmor Chagas, Yoná Magalhães e muitos outros nomes.

1 - Selva de Pedra (1972 ou 1986)



Deixamos por último este que é um verdadeiro clássico do horário nobre, uma das poucas novelas a alcançar 100% de audiência, em 1972. Quem viu sua reexibição no quadro Novelão da Semana do Video Show aprendeu a respeitar uma das melhores novelas que a Globo já fez. Para se ter uma ideia, o único remake exibido no horário das 8 foi justamente o de Selva de Pedra, em 1986, e a novela não fez feio na audiência. A versão original era protagonizada por Regina Duarte e Francisco Cuoco, como os tipos dúbios Simone e Cristiano, e os vilões são um show à parte: Dina Sfat e Carlos Vereza brilharam como Fernanda e Miro. O remake traz Fernanda Torres como a protagonista Simone, seria uma boa chance de vê-la em um papel diferente dos que ela costuma fazer nos últimos tempos, por isso achamos que qualquer uma das versões merece reprise. Além dela, também tinha Tony Ramos como Cristiano, Christiane Torloni era Fernanda e Miguel Falabella de Miro.

Claro que tivemos que deixar muitos clássicos de fora, afinal eram só dez novelas. Tem alguma sugestão? Não se esqueça de falar nos comentários!